22/08/2023
Esportes

Franklin: “enquanto estiver bem vou continuar”

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Guarapuava – O goleiro de 38 anos vive um novo momento na carreira. Após deixar Jaraguá do Sul-SC, o atleta se transferiu para o Joinville, e como toda a equipe, se encontra em Guarapuava disputando um quadrangular que reúne ainda Palmeiras/Jundiaí-SP e Erechim-RS. Mas se engana quem pensa que o goleiro pensa em encerrar a carreira.
“Estou bem fisicamente, nunca sofri graves de lesões no joelho ou no tornozelo – esse tipo de contusão geralmente encurta a carreira do atleta. Além disso, sempre me cuidei muito, não fumo, não bebo e me preocupo em descansar nas hora vagas para o render o máximo possível. Enquanto estiver bem fisicamente, vou prosseguir”, afirma o goleiro.
Franklin comenta que foi muito bem recebido na nova equipe e destaca o motivo que o levou a trocar de clube. “Foi pelo desafio. Na Malwee estava sendo bem remunerado, mas vinha jogando pouco. Já o time do Joinville vem passando por um momento diferente, se profissionalizando cada vez mais e demonstrando vontade de crescer”, analisa.
O goleiro ressalta, porém, que Joinville ainda passa por uma fase de adaptação. “O Paulinho Cardoso também chegou agora e tem um estilo de trabalho próprio. Essa competição em Guarapuava servirá justamente para avaliarmos o que foi feito até agora”.
Seleção Brasileira
Neste mês, Franklin defenderá o país novamente, dessa vez nos Jogos Sul-Americanos que acontecem na Colômbia. É mais um capítulo da longa história do atleta na Seleção Brasileira. História essa que teve seu ápice no dia 20 de outubro de 2008. Na oportunidade, com o ginásio Maracanãzinho lotado, ele defendeu dois pênaltis no desempate contra os espanhóis garantindo o sexto título para o Brasil.
A conquista teve um gosto especial para Franklin, já que o atleta havia participado das campanhas de 2000 e 2004, quando os brasileiros foram derrotados duas vezes pela Espanha, primeiro na decisão e depois nas semifinais.
“No Brasil, o [goleiro] Tiago vinha jogando e era justo, já que ele passava por um momento melhor que o meu. Mas eu sabia que poderia dar a minha contribuição. Pensando nisso realizei um treinamento específico. Treinei muito meu reflexo e o tempo de bola, sempre auxiliado pelo Pipoca [Marcos Sorato, auxiliar técnico na época e hoje treinador da equipe]. Também estudei as características dos batedores deles”, diz.
E o trabalho do goleiro foi recompensado na decisão por pênaltis. Franklin entrou exclusivamente para o desempate e foi decisivo ao defender as cobranças dos espanhóis Torras e Marcelo, garantindo o hexa a Seleção Brasileira. A confiança em Franklin é tanta que o atleta segue no selecionado nacional. “Devido a minha idade, achei que meu ciclo estivesse encerrado após o Mundial. Mas continuo participando da equipe e agora disputaremos Jogos Sul-Americanos, com a responsabilidade de manter o nível do futsal brasileiro”.
Projetos futuros
Apesar de não tem uma data para encerrar a carreira, Franklin já projeta o futuro. O jogador, que chegou a começar dois cursos superiores – Administração e Economia, ambos não concluídos por causa dos compromissos com o futsal –, pretende trabalhar com o esporte, mas longe das quatro linhas. “Acho que poderei atuar nas áreas de administração ou marketing. Só não pretendo trabalhar como técnico, treinador de goleiros ou algo do tipo”, comenta.
Depois de atuar por quatro temporadas no futsal europeu, Franklin considera o calendário como o grande diferencial do Velho Continente. “Lá você pode se planejar e ter uma vida além do futsal. Quando morei na Espanha, por exemplo, consegui me dedicar ao estudo da língua local”, afirma o jogador, que planejava começar um curso tecnólogo este ano, mas, devido aos compromissos esportivos, foi obrigado mais uma vez abandonar a idéia.
Cleyton Lutz – Rede Sul de Notícias
Foto: Franklin em ação pela Seleção Brasileira (Globo Esporte.com)

Cristina Esteche

Jornalista

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